terça-feira, 26 de junho de 2012

37 MIL ALUNOS ACIONADOS PELA CEF, POR DÍVIDAS NO FIES






Na mensagem, o deputado Eduardo Cunha disse:  a profissão de advogado não pode ficar presa ao corporativismo da OAB – rapidamente ele lembrou dos efeitos negativos do exame de ordem, no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), já que impedido de trabalhar, os bacharéis estão sem condições de honrar seus pagamentos.
 
Por exemplo, em 2010, a Caixa Econômica Federal acionou pelo menos 37 mil alunos por dívidas no Fies. A redação do site Justiça em Foco,  procurou ouvir um representante da Caixa para falar sobre o assunto, mas não obteve êxito. O fato é que índice de inadimplência dos bacharéis é consideravelmente alto no Fies

O EXAME DE ORDEM É O PRINCIPAL MOTIVO DA INADIMPLÊNCIA DOS BACHARÉIS EM DIREITO NO FIES : DIZ DEPUTADO EDUARDO CUNHA

segunda-feira, 25 de junho de 2012

BACHARÉIS PEDEM APROVAÇÃO DO FIM DO EXAME DE ORDEM E AUDIÊNCIA COM DILMA

Ricardo Berzoini, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, recebeu documento dos bacharéis. E registrou que o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, solicitou encontro com ele, para discutir o assunto.
Por Carla Castro

Brasília - A última semana foi produtiva para os bacharéis em direito, que buscam o fim da exigência do exame da OAB, atualmente regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. Ao todo, cinco movimentos em defesa do fim do exame de ordem assinam documentos entregues a dezenas de autoridades e parlamentares. Todos unidos por uma só causa: MBBAD – Movimento Brasil de Bacharéis e Acadêmicos em Direito, presidido por Julio Velho; - Mãos Limpas – Brazil No Corrupt, ONGs representadas  pelos cariocas Ricardo e Fábio Fonseca; - Bacharéis em Ação, presidido por Gisa Moura; OBB – Ordem dos Bacharéis do Brasil, presidido por Willyan Johnes e MNBD/OABB - Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito da Organização dos Acadêmicos e Bacharéis do Brasil, presidido por Reynaldo Arantes.
  
O deputado Vicentinho (PT/SP), ex-presidente nacional da CUT, é bacharel em Direito e um dos maiores defensores do fim do exame de ordem, e foi com ele, à primeira reunião em Brasília.      

O fato é que o projeto de lei pelo o fim do exame de ordem, já obteve as assinaturas necessárias para tramitar em regime de urgência.  Um trabalho realizado pessoalmente pelo autor do projeto, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se aprovado revoga o inciso IV e § 1º do art. 8º da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, - Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
 
O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP),relator do projeto que prevê o fim do exame da OAB, recebeu o grupo, na audiência pública que tratou da ortoeutanásia na semana passada na Câmara. Na ocasião, Ricardo Berzoini, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, recebeu documento dos bacharéis, e mostrou simpatia pela iniciativa. O deputado Berzoini, disse ainda aos bacharéis, que o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, solicitou encontro com ele, para discutir o assunto.

O grupo permanece em Brasília por mais uma semana, garantiu Reynaldo Arantes do MNBD/OABB, e registrou que entregou documento para o jurista e assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dr. Paulo Leão, esperando o apoio da CNBB.

Em contato com a redação do Justiça em Foco, a presidenta dos Bacharéis em Ação, Gisa Moura, disse que está convocando todos os bacharéis do Brasil a estarem em Brasília no dia 3 de julho de 2012.
 
Gisa Moura, dos Bacharéis em Ação, adiantou a redação do Justiça em Foco, que aguarda uma resposta ao pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff, em busca de apoio político para Bacharéis e seus familiares. “Buscamos o fim do ato ditatorial, ou seja, o provimento do Conselho Federal da OAB, que exige o Exame de Ordem para inscrição nos seus quadros”, disse a presidenta dos Bacharéis em Ação

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Câmara Federal pode decidir pelo fim do Exame da OAB até o dia 17 de julho

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal o Projeto de Lei (PL) nº 2154/11 cujo objetivo é por fim à exigência da aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – para que bacharéis em Direito possam advogar. Em entrevista concedida ao Portal GP1, o bacharel em Direito Aurélio de Jesus Nolêto Júnior esclareceu os trâmites do PL na Câmara Federal.

“O deputado Eduardo Cunha do PMDB do Rio de Janeiro entrou com um projeto de lei na CCJ da Câmara Federal e requerimento com pedido de urgência. Depois disso automaticamente todos os líderes dos partidos o procuraram, é bom enfatizar que os líderes dos partidos automaticamente procuraram a pessoa dele, pra assinar o requerimento em caráter de urgência, ou seja, após as MPs serem votadas destrancam a pauta e colocam este na frente pra ser votado”, explicou o bacharel em Direito.

Aurélio Júnior informou que, após ser incluso na pauta, o projeto vai para a CCJ e de lá para o plenário da câmara dos deputados. “O que se sabe também lá é que o relator do projeto antecipou o voto dele pela inconstitucionalidade do exame”, informou. Sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF – pela constitucionalidade, o bacharel esclareceu: “Até hoje não saiu o acórdão daquela decisão do STF, não foi julgado o mérito da questão. Foi dito na imprensa que o STF decidiu pela constitucionalidade, mas não foi isso, não foi dada a constitucionalidade do exame, pois o mérito não foi julgado”.

“Esse projeto de lei do deputado é exatamente pra poder sanar essa questão do STF de outubro do ano passado, e antes do recesso do dia 17 de julho esse projeto já terá passado pela CCJ e pelo plenário da câmara, com certeza”, disse Aurélio Júnior ao informar que de lá o projeto será passado para o Senado. “E como o senado já tem uma PEC com o mesmo objeto, com certeza lá também será apensado”, disse o Bacharel.

Aurélio Júnior relembrou o processo de votação do Projeto de Lei no Senado quando o relator era Demóstenes Torres Ribeiro, hoje investigado por envolvimento com as irregularidades cometidas pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. “Essa votação que foi dada no senado quem era o relator dessa PL era um senador chamado Demóstenes Torres, que hoje é investigado dentro da CPI do Carlinhos Cachoeira”, rememorou. “E o pessoal alega até que a própria esposa do Demóstenes foi beneficiada com a carteira cedida pela OAB por intermédio de Carlinhos Cachoeira, inclusive um áudio dela agradecendo ao Carlinhos Cachoeira pela viabilização da carteira foi até divulgado pela imprensa nacional, por programas de TV como o Fantástico e Jornal Nacional e a revista Veja, isso que eu estou falando não é novidade, está divulgado”, enfatizou o Bacharel.

Projeto de Lei de Eduardo Cunha

O deputado federal Eduardo Cunha argumenta que muitos dos que são barrados pelo Exame da OAB tem Fies pra pagar após o término do curso, que precisam trabalhar, e que muitos vêm de família carente que aposta nos estudos como forma de garantir o futuro dos filhos e da própria família. Para o parlamentar, o exame é uma aviltação enorme a todos os cidadãos que se graduam em Direito e não podem trabalhar.

Em entrevista concedida à publicação Justiça em Foco, Eduardo Cunha disse que seu projeto parte do princípio de que não se pode permitir leis que sejam injustas e contenham privilégios para alguns em detrimento de outros. “O que está errado é que não tem sentido a única profissão que depende de exame de conselho de classe para ser exercida é a de advogado. Será que as outras profissões são menos importantes? Por que arquitetos, engenheiros e médicos, por exemplo, não tem essa obrigação? Isso é um privilégio inaceitável de um conselho de classe que se acha acima do sistema de ensino do país”, defendeu o autor do projeto de lei que pretende por fim ao Exame da OAB

domingo, 17 de junho de 2012

ESCÂNDALO DE 30 MILHÕES NA OAB





Nossa intenção – registro histórico simplório – tem como objetivo mostrar para posteridade, os conflitantes momentos da recém-nascida democracia brasileira (1988), hoje (2012), prematuramente em estado de coma.  Quanto a OAB, ultimamente discutimos sua “moralização”, mesmo sabendo que é mais um dos órgãos nobres, que compõe o gigante corpo do Brasil Continental, infectado pelo crime organizado, corrupção desenfreada, e impunidade banalizada. Debaixo do nariz da Seccional da Paraíba, um funcionário do Tribunal de Justiça fez sua inscrição, e obteve seu registro. Integra a quadrilha, com mais três “associados” da Ordem PB, que aplicaram golpes de mais de 30 milhões de reais, fraudando o seguro de pagamento obrigatório dos usuários do trânsito (DPVAT). Como o exemplo vem de cima para baixo... Ao se recusarem punir ou repudiar a atitude antiética do ex-ministro Márcio Tomaz Bastos, criou-se precedente para não mostrarem os rostos, e nem revelarem os nomes dos membros da quadrilha (Advogados), detidos pela Polícia Federal. A “gang” tem ramificação em mais dois Estado: Pernambuco e Rio Grande do Norte. A OAB, ao invés de aproveitar a oportunidade, e fazer uma “assepsia” nos seus quadros - expulsando os “assalariados” do crime organizado - “bandidos” que travestidos de advogados atuam e ou sobrevivem do submundo do crime, silencia de modo comprometedor. Que pena...


Júnior Gurgel - Jornalista e comentarista político em diversos veículos, na Paraíba e Rio Grande do Norte.

Bate-boca no Conselho Federal da OAB vira sindicância



A discussão entre o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante Junior, e o conselheiro Carlos Roberto Siqueira Castro, na última segunda-feira (11/6), provocou uma sindicância para investigar duas das muitas acusações que o conselheiro fez durante suas explicações na última sessão plenária do Conselho Federal.
O bate-boca se deu depois que Ophir pediu explicações a Siqueira Castro sobre afirmações suas, reproduzidas em reportagem da ConJur: “Se o Tribunal de Contas da União fizesse um exame das contas da diretoria do Conselho Federal, talvez essas contas não passassem sob o crivo mais elementar da contabilidade pública. Não há, efetivamente, transparência, não há aquela governabilidade que encanta os olhos dos democratas”, disse o conselheiro.
Na sessão plenária, Siqueira Castro confirmou o que dissera e foi além. Afirmou que, não só as contas, mas também as eleições para a diretoria do Conselho Federal da OAB não são transparentes e que é preciso abraçar projetos mais importantes, como impedir a entrada de escritórios estrangeiros no país. O conselheiro afirmou que corre “à boca pequena” em São Paulo a informação de que escritórios estrangeiros estão fazendo “uma caixinha” para pressionar a mudança das regras. Atualmente, advogados de outros países só podem atuar como consultores em legislação internacional.
Em meio aos 20 minutos de críticas sobre a administração da Ordem, Siqueira Castro disse a Ophir: “Eu vou dizer a Vossa Excelência o que corre no mercado de São Paulo, que é um mercado que eu conheço de perto. Escritórios que faturam mais de US$ 2 bilhões por ano... Já se fala em São Paulo, à boca pequena, senhor presidente, que fizeram uma caixinha, porque podem fazer, evidentemente, escritórios desse porte, uma caixinha de US$ 10 ou 20 milhões, para atingir os seus objetivos, quando tudo é interesse econômico”.
A declaração provocou mal-estar. A corregedora nacional e secretária-geral adjunta da OAB, Márcia Melaré, perguntou ao conselheiro se ele mantinha a informação e se quis dizer que a “caixinha” seria para pressionar financeiramente o Conselho Federal. O advogado respondeu positivamente às duas questões. A corregedora, então, afirmou que proporia a abertura de sindicância para investigar o caso.
Procurada pela ConJur, Márcia Melaré afirmou que pediu a degravação das declarações de Siqueira Castro e, em seguida, a Presidência abrirá sindicância para apurar os fatos. O primeiro ato da sindicância será colher o depoimento de Siqueira Castro para que discorra com mais detalhes sobre o que disse no Conselho Federal.
A diretoria também deverá incluir no procedimento um item sobre as contas da OAB. Em seu depoimento, Siqueira Castro ressaltou que as críticas eram institucionais, e não pessoais. Ou seja, que não estava querendo atingir pessoalmente nenhum membro da diretoria.
Mas criticou com gravidade a transparência da OAB: “A questão foi colocada em termos de transparência. Eu sou membro da 3ª Câmara. Eu sei das dificuldades da 3ª Câmara em controlar as contas. Muitas vezes esse controle é artificial. Nós não temos segurança de descer a fundo. Falta-nos, sim, transparência. A diretoria não deve ter o poder de fazer o que bem pretenda com o dinheiro dos advogados que administra, com os repasses feitos pelas seccionais. A diretoria deve se abrir, sim, e mostrar as nossas contas”.
A 3ª Câmara é responsável por julgar casos eleitorais e de prestação de contas. Na sindicância, membros da diretoria vão querer saber de Siqueira Castro o que deve ser feito para melhorar a transparência. O diretor tesoureiro da OAB, Miguel Cançado, disse estranhar o fato de que, na tarde do mesmo dia em que desferiu as críticas, Siqueira Castro aprovou as contas de três seccionais sem fazer qualquer observação sobre a falta de transparência.
Foram aprovadas, naquela segunda-feira, as prestações de contas das seccionais de São Paulo (ano de 2010), do Paraná (2009) e do Rio Grande do Norte (2005 e 2006). Diante do fato, Cançado repetiu o que Ophir disse durante a discussão. “Ele participa da 3ª Câmara desde a gestão passada e nunca fez observações sobre falta de transparência. Faltou coerência ao conselheiro”, disse.
A sindicância, de acordo com Márcia Melaré, será instalada e tramitará em regime de urgência por conta da gravidade dos fatos relatados por Siqueira Castro. 

Rodrigo Haidar é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 16 de junho de 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

POR ELEIÇÕES DIRETAS E PELO FIM DO EXAME DE ORDEM

Presidente da OAB e conselheiro trocam acusações



A Ordem dos Advogados do Brasil é pouco transparente e suas eleições para o Conselho Federal da entidade são marcadas por coleguismo, amiguismo, conchavos e nepotismo. Foi o que afirmou nesta segunda-feira (11/6), em alto e bom som, o advogado Carlos Roberto Siqueira Castro, conselheiro federal da OAB pelo estado do Rio de Janeiro. Como resposta, ouviu do presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcante Junior, que agiu com desonestidade ao criticar, para a plateia, práticas que nunca combateu nas discussões internas da entidade. A discussão foi transmitida ao vivo pelo site da OAB.
Com esse clima conflagrado foi aberta a sessão plenária do Conselho Federal da OAB nesta segunda-feira. O presidente, Ophir Cavalcante, pediu que o advogado Siqueira Castro que confirmasse afirmação publicada em reportagem da revista Consultor Jurídico, no dia 14 de maio, sob o título “Conselheiro da OAB-RJ diz que contas da OAB nacional não passariam no TCU”. No texto, Castro afirmou: “Se o Tribunal de Contas da União fizesse um exame das contas da diretoria do Conselho Federal, talvez essas contas não passassem sob o crivo mais elementar da contabilidade pública. Não há, efetivamente, transparência, não há aquela governabilidade que encanta os olhos dos democratas”.
Na abertura da sessão, o presidente Ophir Cavalcante fez referência à reportagem e pediu que ele confirmasse a informação ou esclarecesse se ela foi deturpada. Siqueira Castro não só confirmou como fez críticas pesadas à administração do Conselho Federal da OAB. “Falei sim! Nós não temos a transparência que deveríamos ter e que certamente nos orgulharia. Nós não temos um modelo eleitoral que sobreviva ao melhor teste da democracia brasileira. Nós temos conchavos, temos amiguismo, temos nepotismo. E devemos combater essas ideias”, afirmou.
O conselheiro federal ressaltou em diversos momentos que suas críticas não tinham como alvo uma administração específica, nem eram pessoais. E ressaltou que apoia a gestão de Ophir em muitos pontos. Também ressaltou que a afirmação fora feita dentro de um contexto mais amplo, de debate sobre eleições diretas para o Conselho Federal. Mas, entre uma e outra ressalva, bateu forte na administração nacional da OAB.
O presidente nacional ouviu calado, por 20 minutos, o conselheiro desfiar suas críticas. “Hoje nós não temos a total transparência. Nós, conselheiros, não sabemos absolutamente nada do que se passa na gestão financeira e orçamentária da OAB”, disse Siqueira Castro.
Em outro ponto, recomendou a Ophir o que deveria fazer com sua gestão: “Eu no seu lugar, como presidente do Conselho Federal da OAB, abriria um outro projeto, abriria uma outra forma de proceder, abriria, sim, uma forma mais transparente, uma forma que não nos criasse qualquer dificuldade, porque amanhã nós vamos viver o paradoxo. Nós, que queremos a democracia nas instituições políticas brasileiras, vamos ser cobrados pela sociedade pela falta de democracia interna. Isso já está acontecendo, gostemos ou não. Aceitemos ou não”.
Siqueira Castro afirmou que votou em Ophir “até por falta de opção”. E explicou: “Porque nós não tínhamos disputa, como gostaríamos. Disputa eleitoral verdadeira, disputa de biografia, de projeto político. Porque o nosso processo eleitoral não permite isso”. E disse, ainda, que ninguém teria o direito de lhe impedir de emitir suas opiniões e críticas. “Eu não concedo a Vossa Excelência, a ninguém ou a quem quer que seja, o direito de conceder-me o direito de expressar as minhas ideias”, cravou.
As críticas se sucederam, com Ophir Cavalcante Junior quieto, aguardando que o conselheiro acabasse sua explanação, mesmo diante do olhar incrédulo de muitos outros conselheiros presentes à sessão. Todos pegos de surpresa com a discussão.
Quando Siqueira Castro terminou, Ophir afirmou que não tinha a pretensão de tolher a liberdade de expressão de ninguém. “Estamos em uma casa democrática, onde todos falam. E a prova maior é a de que oportunizei a Vossa Excelência um esclarecimento a respeito desta declaração posta no site Consultor Jurídico de que Vossa Excelência não nega a autoria. Todos aqui reconhecem o seu valor, as grandes contribuições que Vossa Excelência tem dado à Ordem dos Advogados do Brasil. Entretanto, o fato de todos nós reconhecermos o seu valor, a sua competência, não lhe autoriza a desrespeitar o nosso debate interno antes de levar esse debate para fora”, disse o presidente da Ordem.
Ophir Cavalcante também ressaltou que o conselheiro teve a oportunidade de debater a matéria da gestão financeira na gestão passada, quando compunha a 3ª Câmara, responsável pelo julgamento de contas da OAB, e nunca fez qualquer menção a distorções que teria visto. Trocando em miúdos, o presidente acusou o conselheiro de fazer uma coisa internamente e, externamente, jogar para a plateia em busca de aplausos. Neste momento, Ophir foi interrompido e se iniciou a primeira parte de um debate acalorado.
Castro — Não é verdade, me desculpe. Eu disse no plenário!
Ophir — Não, não disse!
Castro — Eu disse no plenário...
O presidente da OAB, então, aos brados, pediu que sua palavra fosse respeitada:
Ophir — Vossa Excelência vai me ouvir, agora! Vai me ouvir!
Castro — Eu lhe ouço presidente, com todo o prazer. Eu só quero dizer que, no plenário...
Ophir — Então, me ouça!
Castro — Eu só quero dizer que no plenário eu já fiz essas colocações...
Ophir — Me ouça!
Em seguida, o presidente nacional reforçou que Siqueira Castro nunca sugeriu a criação de outros mecanismos de controle além daqueles já previstos nas regras da OAB. “E leva para o público externo uma ideia de que vossa excelência é o arauto da moralidade, o arauto da democracia, e que a diretoria do Conselho Federal, esta e as anteriores, estão a dever contas à sociedade brasileira e à advocacia brasileira”, disse Ophir Cavalcante.
O que provocou nova discussão, em tom ainda mais elevado:
Castro — Não vista a carapuça, presidente. Vossa Excelência não precisa disso.
Ophir — Vossa Excelência comete uma desonestidade com todos nós. Porque Vossa Excelência teve a oportunidade de manifestar...
Castro — Nenhuma desonestidade, presidente!
Ophir — Há, sim! Há desonestidade, sim!
Castro — Nenhuma desonestidade!
Ophir — Desonestidade intelectual, inclusive!
Castro — Não venha Vossa Excelência me chamar de um homem desonesto, que eu não lhe dou esse direito! Não lhe dou esse direito!
Ophir — Nem eu lhe dou o direito de dizer que nós aqui do Conselho Federal, da diretoria, temos as nossas contas escondidas.
Castro — Defendi transparência, presidente! Não mencionei o nome de ninguém!
Ophir — Não foi isso que Vossa Excelência disse! Vossa Excelência não fez a manifestação correta! E eu vou lhe dizer mais...
Castro — Não me sensibiliza a sua ojeriza pessoal, presidente!
Ophir — Não há ojeriza! As nossas contas estão à disposição de todos os advogados brasileiros. Ninguém tem o que esconder aqui no Conselho Federal. Vossa Excelência tem a oportunidade, se quiser, de verificar todas as contas, que são públicas! Vamos discutir isso internamente. O que eu não posso conceber é que nós sejamos expostos dessa forma, como Vossa Excelência colocou, sem que debatêssemos essa questão internamente. Levar ao público em geral uma ideia que é equivocada, que não é verdadeira!
Castro — Lamento não concordar com Vossa Excelência! Anotei suas críticas, mas não concordo com o senhor!
Ophir — Vossa Excelência foi, no mínimo, infeliz! No mínimo! Não teve o respeito que todos nós temos por Vossa Excelência aqui dentro! Sobretudo a diretoria do Conselho Federal, que tem um respeito muito grande por Vossa Excelência.
Castro — O meu é recíproco, presidente. Nunca faltei com o respeito com a diretoria do Conselho Federal.
Ophir — Faltou sim! Aqui faltou, sim! Com essa e com as demais!
Castro — Estão se transformando questões institucionais em pessoais!
Ophir — Não é isso! Não há isso!
Castro — Verifico que sim! Ou se está alinhado à cartilha da diretoria ou se é considerado estrangeiro!
Ophir — Não existe isso! Todos aqui são líderes da advocacia brasileira. Mas não posso admitir essa postura de ninguém!
Neste ponto da discussão, entrou em ação a turma do deixa disso. Pediu a palavra o ex-presidente da OAB, Roberto Busato, e também fez críticas às palavras de Siqueira Castro. As manifestações que se seguiram foram pelo mesmo caminho, embora em tom mais ameno. Quase todas de apoio ao Conselho Federal e algumas contemporizando e interpretando as intenções de Siqueira Castro ao criticar o que classificou como falta de transparência nas contas da Ordem.
Apesar dos panos quentes, as críticas do conselheiro Siqueira Castro foram duras e devem render mais discussões nos próximos dias, além de dar munição ao Congresso Nacional, que ensaia uma intervenção na Ordem por meio de projetos de lei que podem relativizar consideravelmente a autonomia da entidade.
Rodrigo Haidar é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 11 de junho de 2012

Eduardo Cunha implodirá a OAB?

O deputado Eduardo Cunha batalha contra a Ordem dos Advogados do Brasil. Na Câmara dos Deputados, compeliu os líderes partidários a colocar em votação um projeto que extingue o exame da ordem, que regulamenta o exercício da advocacia no país. “Não pedi pra ninguém assinar. Os líderes é que vieram sorrindo apoiar o projeto”, diz Cunha. Ele acredita que poderá colocar o projeto em votação ainda no começo de julho, quando a pauta da Casa estiver destrancada. O entrevero entre o deputado e a OAB iniciou-se no ano passado, quando a entidade manifestou-se contrariamente a sua indicação para a relatoria do Código do Processo Civil por não ter formação jurídica.

OAB EM PÂNICO COM A VOTAÇÃO DE PROJETO QUE ACABA COM O EXAME DA ORDEM

Na garganta         
Os dirigentes da OAB estão em pânico com a votação de projeto que acaba com o exame da Ordem. Alegam que o mercado de 700 mil advogados será inundado com milhões de novos profissionais. As comitivas que vão ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), ouvem cobras e lagartos do presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcanti. Os líderes partidários não engolem discurso de Ophir, na posse de Ayres Brito no STF, proclamando: "O Congresso tornou-se um pântano

terça-feira, 5 de junho de 2012

O FAMOSO EXAME DE ORDEM !!!!!

O famoso exame da Ordem ...

Quem diria....


Pra ser advogado é preciso fazer o famoso exame da Ordem. 
Pra burlar a lei também?
Pra ser delegado é preciso fazer o famoso exame da Ordem.
Pra usar viaturas ao uso pessoal também?
Pra ser juiz é preciso fazer o famoso exame da Ordem. 
Pra abusar da autoridade também?


Pergunto-me como serão os futuros advogados, os futuros delegados, os futuros juízes num mundo tão perverso e mal intencionado. A cada dia se vê mais abuso de autoridade, mais contravenções dentro da própria Ordem dos Advogados, mais corrupção dentro do Poder Judiciário. 
Cadê a Ordem mesmo?? Já fiz essa pergunta mas ainda não recebi a resposta.


Pra que serve esse tal exame da ordem, afinal?


O Direito é um ramo da vida que abrange todos os requisitos a que se deve a Constituição Federal, porém nem metade é cumprido. O bem maior, considerando a vida, está longe de ser uma prioridade. Todo ser humano, por mais cruel que tenha sido na vida, é um ser humano e a Constituição o defende no seu artigo 5º.  Mas isso no papel. A realidade não é nem perto. 
Quem segue a Constituição? A lei maior? 
Ninguém. 
Ou, quase ninguém. É uma minoria honesta que existe em qualquer ramo do Direito. 
Particularmente odeio Direito. Deveria chamar-se 'Torto'. 


 - Sou formada em Torto.


Porque nenhuma lei é seguida coerentemente, mas o papel aceita tudo. 
As aulas de Direito são verdadeiras facécias. Os professores (no geral) pensam serem os donos do saber, quando na verdade são meros representantes de alguma área específica. O que mais me surpreende é que, se você discorda com argumentos verossímeis determinado pensamento dito pelo professor, você não tem o direito de reivindicar, tem que aceitar o que o grandioso diz.


A lei é assim. Se está escrito, tem que aceitar. Mas nem os próprios defensores do Direito a aceitam. Defensores do Direito?? De qual Direito? Se os mesmos tentam passar celulares e drogas aos presos? Se os mesmos são flagrados com entorpecentes dentro de um Tribunal de Justiça? "Justiça" ? Por parte de quem? Pra quem? Por quem? Definitivamente está tudo fora do entrecho.


Nem a própria presidente sabe o que acontece nos quatro cantos do Brasil, mas sabe pegar um avião e sumir. Cadê a justiça e a ordem mesmo?? Do progresso nem comento.


Porque há rumas de processos, com mais de vinte anos a espera de um julgamento? Porque há condenados inocentes esperando o dia da liberdade e pagando por um erro que não cometeu? Porque há pervertidos dentro do governo que nem sequer sabem o significado da palavra 'honestidade' ? Porque tantos detentos se matam na prisão? Porque há tanta chacina e rebeliões nos presídios?


Porque falta a Ordem, a Justiça e o Progresso.


É uma vergonha desfilar uma bandeira escrita "Ordem e Progresso" quando o próprio país é governado por angus e reversos. Quando o próprio sistema judiciário é composto, em sua maioria por mefíticos e larápios. 


Pena que a maioria se contenta, vibra com a vinda das eleições, gastam do nosso dinheiro pra bancar as propagandas políticas e no fim.... Tudo a mesma imundície. Pra não dizer outra coisa.


Quem tem mais de um milhão para comprar um ingresso da Copa do Mundo? Nossa, quanto dinheiro jogado fora com uma esbórnia dessa. Enquanto isso, pessoas humildes morrem por falta de atendimento médico, outras morrem por serem diagnosticadas erroneamente. Cade o Conselho Federal de Medicina que aprovaram esses "médicos"?


Não entendo, nem o CRM e nem a OAB.


Aprovam sem saber quem são essas pessoas, pelas notas. Sendo que nota não demonstra caráter. Não demonstra cuidado, não demonstra habilidade. Aliás, nem sei pra que adianta passar em primeiro lugar se ninguém te dá a chance de aprender na prática o que se aprendeu na teoria. Se é que aprendeu, porque com o ensino remoque a que nos submetemos hoje em dia, provavelmente seja mais fácil ir pra cama pra conseguir o que se quer a valorizar a própria capacidade.
Porque há várias maneiras de se conseguir uma melhoria na vida - uma delas é seduzindo quem está acima de você. Esse tipo de comportamento, o qual vejo muito por aí, se iguala ao sistema - tudo a mesma súcia. Horda de caiçaras que não têm capacidade de seguir seus passos para alcançar a vitória. 


Se agora está assim, que direi dos futuros aprovados pelo tal exame da ordem, pelo tal conselho de medicina e assim por diante. Não me admira se, daqui um tempo, apareça material de construção com prazo de validade - vida útil da construção - 10 anos, depois disso ela desaba e você será obrigado a construir novamente.






Esse é o país em que você vive.
E eu. 
Infelizmente
 
Artigo escrito por uma jornalista.